segunda-feira, 23 de maio de 2011

Meu bom, meu velho, Dostoiévski

Em mais um desbravamento do universo literário vivido pela minha pessoa, esbarrei com uma figurinha, no mínimo, interessante.  Dostoiévski, nos primórdios de sua obra-prima, "Os Irmãos Karamázov", faz uma análise sobre algumas das principais personagens da obra, e em dado momento, demonstra um afeto pelo "herói-não-herói" que se dá por não conseguir transmitir completamente ao leitor suas origens, dando a entender que o leitor não compreenderá o motivo de tamanha afeto.  Logo passei a admirar de forma ímpar a importância da subjetividade neste nosso mundo.
A beleza de se enxegar algo ou alguém de forma única vai muito além de uma limitação do ser humano, enquanto dono de apenas uma opinião (a própria).  Atinge a necessidade do mesmo de ser visto de muitos ângulos não para apegar-se a um, mas para imaginar-se de muitos.  O valor do sentimento quando o mesmo se apresenta com roupagem popular nada mais é do que costumeira, mas ao aparentar uma singularidade, desperta-se o entusiasmo junto à uma inesperada explosão de expectativa por mais do mesmo.  O enxergar o todo, independente de qual todo seja este,  é a arte de desprender-se do absolutismo ao qual somos condicionados desde os primeiros suspiros de nossos pensamentos.  Facínoras estes que nos prendem aos seus ideais.  O apaixonar, o admirar, o criticar... obras mestras da individualidade, e como tal, devem ser vistas com bons olhos.  Acho que, no fim, não nos cabe entender ou criticar essa individualidade, apenas respeitar para que se preserve sua prática.  Afinal, o que seria dos apaixonados sem o subjetivismo?...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ponto final

...!
Até que enfim, a desventura da incerteza deu-se por exausta e mostrou-se apenas cortina de meu cotidiano, porque escondia uma bela verdade.
É interessante o quão contrastante se torna o tempo perante o pré o pós.  Aquilo que se fazia infinito perante os olhos hoje, hei de admirar, sugere que a eternidade é de se insignificar quando comparada ao sublime momento.
No emaranhado de beleza e descaso com o resto, perde-se a noção de dia, hora e segundo.  Isso não por desfazer-se a noção dos mesmos, mas por parecer desnecessária a análise.
Para aqueles que compreendem, um belo abraço neste momento de camaradagem.  Para os que desconhecem, apresento-lhes a pulcritude de perder-se no segundo.  E aqui fica o manifesto de um bobo...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Banco de cimento

Repensando os ultimos dias em um momento sublime no ponto de ônibus em frente a faculdade, me deparei com algo interessante.  Com a chegada das provas e da minha companheira de boina (a paranóia), tenho me ocupado mais com os estudos que com qualquer outra coisa.  Contudo, admito que parte de toda esta paranóia com os estudos é resultado direto de pitadas mascaradas de orgulho.  Isso me afetou de tal forma que coisas relevantes tanto do meu dia-a-dia quanto de meu círculo social passam despercebidas perante meus olhos como se não tivessem significado algum.  Portanto, revendo o hoje, tamanha sua magnitude e loucura, resolvi simplesmente voltar meu olhar para o esquecido, pensando:  "Para que tamanho sacerdócio?  Porque um vetor nulo é paralelo a qualquer outro vetor?!"
A vida fenece de tal forma que tudo se mostra indiferente, sem se reparar na beleza de um singelo "ah, seu bobo..."
Concluindo, deixo-lhes um poema de um autor cujo nome desconheço (que fazer, né?).  Mas aqui, o que vale, meu camarada, é a mensagem.  E vos pergunto:  "Vale à pena?"