Em mais um desbravamento do universo literário vivido pela minha pessoa, esbarrei com uma figurinha, no mínimo, interessante. Dostoiévski, nos primórdios de sua obra-prima, "Os Irmãos Karamázov", faz uma análise sobre algumas das principais personagens da obra, e em dado momento, demonstra um afeto pelo "herói-não-herói" que se dá por não conseguir transmitir completamente ao leitor suas origens, dando a entender que o leitor não compreenderá o motivo de tamanha afeto. Logo passei a admirar de forma ímpar a importância da subjetividade neste nosso mundo.
A beleza de se enxegar algo ou alguém de forma única vai muito além de uma limitação do ser humano, enquanto dono de apenas uma opinião (a própria). Atinge a necessidade do mesmo de ser visto de muitos ângulos não para apegar-se a um, mas para imaginar-se de muitos. O valor do sentimento quando o mesmo se apresenta com roupagem popular nada mais é do que costumeira, mas ao aparentar uma singularidade, desperta-se o entusiasmo junto à uma inesperada explosão de expectativa por mais do mesmo. O enxergar o todo, independente de qual todo seja este, é a arte de desprender-se do absolutismo ao qual somos condicionados desde os primeiros suspiros de nossos pensamentos. Facínoras estes que nos prendem aos seus ideais. O apaixonar, o admirar, o criticar... obras mestras da individualidade, e como tal, devem ser vistas com bons olhos. Acho que, no fim, não nos cabe entender ou criticar essa individualidade, apenas respeitar para que se preserve sua prática. Afinal, o que seria dos apaixonados sem o subjetivismo?...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Ponto final
...!
Até que enfim, a desventura da incerteza deu-se por exausta e mostrou-se apenas cortina de meu cotidiano, porque escondia uma bela verdade.
É interessante o quão contrastante se torna o tempo perante o pré o pós. Aquilo que se fazia infinito perante os olhos hoje, hei de admirar, sugere que a eternidade é de se insignificar quando comparada ao sublime momento.
No emaranhado de beleza e descaso com o resto, perde-se a noção de dia, hora e segundo. Isso não por desfazer-se a noção dos mesmos, mas por parecer desnecessária a análise.
Para aqueles que compreendem, um belo abraço neste momento de camaradagem. Para os que desconhecem, apresento-lhes a pulcritude de perder-se no segundo. E aqui fica o manifesto de um bobo...
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Banco de cimento
Repensando os ultimos dias em um momento sublime no ponto de ônibus em frente a faculdade, me deparei com algo interessante. Com a chegada das provas e da minha companheira de boina (a paranóia), tenho me ocupado mais com os estudos que com qualquer outra coisa. Contudo, admito que parte de toda esta paranóia com os estudos é resultado direto de pitadas mascaradas de orgulho. Isso me afetou de tal forma que coisas relevantes tanto do meu dia-a-dia quanto de meu círculo social passam despercebidas perante meus olhos como se não tivessem significado algum. Portanto, revendo o hoje, tamanha sua magnitude e loucura, resolvi simplesmente voltar meu olhar para o esquecido, pensando: "Para que tamanho sacerdócio? Porque um vetor nulo é paralelo a qualquer outro vetor?!"
A vida fenece de tal forma que tudo se mostra indiferente, sem se reparar na beleza de um singelo "ah, seu bobo..."
Concluindo, deixo-lhes um poema de um autor cujo nome desconheço (que fazer, né?). Mas aqui, o que vale, meu camarada, é a mensagem. E vos pergunto: "Vale à pena?"
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