sábado, 10 de setembro de 2011
Infortúnio
Ao lado, gelo, felicidade, escorregadas e uma música a soar no fundo. Funcionários circulam pelo lugar preenchido por carros. E la estávamos nós. O aconchego do abraço, da voz, criavam a atmosfera. Era carinhoso. Era amigável. Era dela. E só dela. No profundo olhar castanho me vi envolto por delírios e devaneios, todos ilustrados pela imagem que me persegue nos sonhos, nos pensamentos, em toda e qualquer distração. La esta ela. Por vezes, situações terceiras tentam atrair minha atenção momentaneamente. Inútil. Prestar-lhe atenção é involuntariamente agradável. O perfume me preenche o ser, o espírito, o coração. Sinto o concreto sob os meus pés. Infortúnio. É de se pesar seu reconhecimento porque este me trás uma triste verdade: de que o tempo continua a existir. Mas logo a felicidade me retorna aos lábios, porque sei que, por mais finito que seja o momento, eterna será a sua lembraça.
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