sábado, 20 de agosto de 2011
Simples assim
O contorno suave, apenas parcialmente iluminado, a expressão tranquila, um quadro que delineava muito mais do que apenas um momento. A respiração pausada, o leve movimento da coluna, as vozes soando ao redor. A fixação não oscilava, sempre presente naquele segundo que era apenas um segundo. Muito pouco perante tudo aquilo. Aquele instante. Eles se mostram. Tranquilamente as pálpebras se abrem, revelando de dentro de si um brilho, um clarão. Uma enorme satisfação se apodera do meu ser. E de repente, nada mais necessita de sentido, porque não existia a necessidade da compreensão. Tudo era apenas o que era. O que era? Eu não sei, mas sei que não preciso descobrir.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Inverno
Um campo de folhas secas, de prédios ao redor, de ventos a soprar. A movimentação permanece intensa, os destinos são divergentes. A concentração me escapa o controle. A cabeça vai longe, muito além das paredes de tijolos vermelhos. Vai para onde repousa nos braços sinceros que outrora ali estiveram. A anestesia é completa. A nostalgia me rouba os sentidos, a atenção, o bom senso. Os carros passam; pessoas passam; e, infelizmente, até os braços passam. O que não passa é o desejo de que aquele momento, junto a eles, fosse eterno. A sensação de desprendimento do agora... tudo agora é saudade. E nessa tarde de inverno, de fronte para o campo de folhas secas, imensidão...
Lágrima solitária
Eu poderia escrever aqui um texto grande, complexo e confuso para no fim das contas apenas dizer o que me veio a mente em um momento insano e ansioso pela expressão de um sentimento, ora intenso e duradouro, ora curto porém incrivelmente significativo. Contudo, escapo desta vez ao costume de me desenhar por letras aos olhos de quem quiser, ou simplesmente passava para ter que fugir a alguma obrigação. Por hora, fica aqui para quem quiser uma bela música. Bom proveito.
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