quinta-feira, 31 de março de 2011

Brave new world...

Ano de 2011.  Inacreditável o estado de desconforto que pode te trazer a vinda de um novo ano, principalmente quando mudanças enormes vem lhe acordar pela manhã.  Ingressei o ensino superior neste ano, pela unesp de minha cidade natal.  Inconcebível colocar em poucas palavras tudo aquilo que me passou pela cabeça entre os segundos que sucederam o pós vestibular e a manhã do dia 3 de fevereiro, dia em que foram divulgados os resultados deste maldito método de seleção.  Medo, ansiedade, angústia, tudo quase sempre muito bem disfarçado quando alguém vinha lhe perguntar sobre sua performance no vestibular. O interesse dos próximos pelo seu futuro deixa de ser algo atencioso para se tornar a injuria de cada dia. Contudo, nada mais amedrontador do que a clássica incerteza à respeito da escolha certa (fato que incomoda muitos, inclusive uma amiga de sala).
A tortura a que se coloca o ser, questionando que direção tomar. Afinal, não somos simples vetores (piada de matemáticos), optando entre ir para lá ou para cá, quando cá e lá fornecem muito mais do que imagina o pobre vestibulando.
De qualquer forma, este estágio do ingressante já foi por mim superado.  Contudo, confesso-lhes outra questão. 
Tenho permanecido praticamente o dia inteiro na universidade, para estudar e conseguir não me ferrar completamente.  Resultante disto, surge-me uma questão: "Será que aguentarei isso por muito tempo?", "Vale à pena tamanho esforço?". 
Não possuo respostas conclusivas, sugestivas ou qualquer outra categoria existente no momento.  Tudo o que posso deixar claro é a minha esperança de que isso, como diria o grande Rodrigo Amarante, "o vento leva"...

2 comentários:

  1. Esse medo de errar, de que talvez isso não valha a pena e de que, porra, talvez ter feito outra coisa seria melhor, rapaz. Sempre vai existir.

    É o que tu paga por tentar.

    Mas nós temos a vantagem de podermos fazer o que quisermos, e se não der certo tudo bem, vai levando até encontrar um jeito que fique confortável.

    O vento leva, mas cadê seus melhores anos rolando agora? Já disse, 2011 é um ano fundamental. Ou tu faz, ou fica chupando o dedo (não que eu tenha alguma moral para dizer, tô tão ou mais fodido que você).

    E isso não é só para a faculdade.

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  2. Concordo com o Dudu.
    Apesar de saber que é o certo de se pensar, a gente não o faz. (Ahn?)
    Mas então, ao menos você sabe que não está sozinho nesse barco.
    Percebe que aos poucos a vida é esquisita mesmo. Vê que a cada estágio que passa, o anterior não era nada difícil, e assim, conclui que o próximo vai ser pior que o atual, ainda que isso pareça impossível. Mas a gente passa por isso mesmo em nosso ponto máximo de esgotamento, porque depois descobrimos que podemos muito mais.
    E assim se vive a vida (eu acho).

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