quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Imperecível
15:15. O céu claro porém cinza pinta o dia com cores desanimadas. Os pássaros cessaram a movimentação para render-se ao dia. Jogado sobre uma cadeira velha e levemente confortável, procuro por algo que me alegre o dia. Encontro em meu computador algo especial. São fotos tuas. Nossas. Um sorriso bobo me toma por um momento. As risadas. As brincadeiras. Os belos momentos juntos me fazem sentir leve. A mente repousa leve sobre o passado. Sobre coisas que dissemos. Sobre qualquer coisa que possa, mesmo que por um milésimo, abalar a distancia... Neste exato momento, parece que o presente nada mais é do que um motivo para lembrar o que se foi. Por mais efêmero que sejam as brincadeiras, as risadas, eu sei que existe algo imperecível nisto tudo: sentimento.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Sol
Hipocrisia minha seria não admitir. Não admitir que o Sol não é o que deveria ser. Não para mim...
Nada mais ele é do que o reflexo do teu sorriso a iluminar meu dia. Do que o teu olhar carinhoso, terno, a me olhar enquanto contemplo aquilo que me maravilha em você: você. Nada mais do que um gesto bobo o suficiente para que a memória o reverencie com a perpetuidade. Nada mais do que a felicidade que me traz o abraço. O beijo. É aquele que se esconde quando a enfermidade da saudade se abate sobre o momento. E derruba. Hipocrisia seria deixar de admitir, sobre mim...
você.
sábado, 29 de outubro de 2011
Mais um camarada...
17:48. Domingo. Ele encara a televisão a sua frente com um olhar morto. Não está ali. Nunca está. Ele se analisa por um momento. Camiseta branca cavada suja de mostarda, samba-canção, barba por fazer... "Oooooh desgraça!" pensa ele. "O que aconteceu comigo?! Com tantos sonhos, perspectivas... Eu poderia mudar o mundo! Eu iria fazer toda a diferença! Mas então... o que aconteceu? Eu arrumei um emprego, e o ser que vivia a esperança de deixar a sua marca, hoje é apenas mais um zombie neste cretino universo onde apenas quem morre para sonhos consegue pagar as contas no final do mês... E hoje? O que restou de mim? Apenas a vaga lembrança do vivaz rapagote que eu era aos meus vinte anos. O que eu poderia fazer? Eu poderia mudar o mundo?!" De repente, um sorriso espontâneo apodera-se de seu rosto. "Eu posso mudar o mundo! Eu ainda posso fazer a diferença!" Ele se atira de seu sofá para o tapete encardido, no meio de sua sala. Com um braço apontado para o céu (na verdade, para o ventilador empoeirado no teto acima dele), ele se sente um novo homem. Ele acordou para o mundo. Se sente vivo novamente. Repentinamente ele ouve algo. Cai novamente no sofá. Sua feição assume um tom morto. "Deixa a epifania para mais tarde... Está começando o Domingão do Faustão..."
domingo, 23 de outubro de 2011
Seu
Caminho de meus dias me leva
Até aquela que me faz sentir
Ridiculamente apenas um ser diante, cego
Ou ignorante por desacreditar que não consegui
Ligar os pontos de maneira a perceber, que
Idiota eu sou na sua presença, mas
Nada faz eu me sentir como você o consegue com maestria... só me resta dizer
Eu te amo, e a culpa é só sua.
Voltando à boina...
Aaaaa existência... esta mesma que pode provocar alegrias mil, pode ela também provocar a incessante amargura do ser. A inquietude que assola o homem nos primórdios de sua maturidade só é saciada quando este é abatido pelas obrigações que lhe invadem a vida. E para que? Muitas vezes, apenas para calar-lhe o espírito. E quase sempre, o ser estagna. Para. Morre de dentro para fora, tornando-se assim apático. Chato. Cotidiano. Horas vão, horas vem... Cabelos crescem, cabelos caem... ano, década... O pior de tudo, é passar décadas morto e acordado.
sábado, 10 de setembro de 2011
Infortúnio
Ao lado, gelo, felicidade, escorregadas e uma música a soar no fundo. Funcionários circulam pelo lugar preenchido por carros. E la estávamos nós. O aconchego do abraço, da voz, criavam a atmosfera. Era carinhoso. Era amigável. Era dela. E só dela. No profundo olhar castanho me vi envolto por delírios e devaneios, todos ilustrados pela imagem que me persegue nos sonhos, nos pensamentos, em toda e qualquer distração. La esta ela. Por vezes, situações terceiras tentam atrair minha atenção momentaneamente. Inútil. Prestar-lhe atenção é involuntariamente agradável. O perfume me preenche o ser, o espírito, o coração. Sinto o concreto sob os meus pés. Infortúnio. É de se pesar seu reconhecimento porque este me trás uma triste verdade: de que o tempo continua a existir. Mas logo a felicidade me retorna aos lábios, porque sei que, por mais finito que seja o momento, eterna será a sua lembraça.
sábado, 20 de agosto de 2011
Simples assim
O contorno suave, apenas parcialmente iluminado, a expressão tranquila, um quadro que delineava muito mais do que apenas um momento. A respiração pausada, o leve movimento da coluna, as vozes soando ao redor. A fixação não oscilava, sempre presente naquele segundo que era apenas um segundo. Muito pouco perante tudo aquilo. Aquele instante. Eles se mostram. Tranquilamente as pálpebras se abrem, revelando de dentro de si um brilho, um clarão. Uma enorme satisfação se apodera do meu ser. E de repente, nada mais necessita de sentido, porque não existia a necessidade da compreensão. Tudo era apenas o que era. O que era? Eu não sei, mas sei que não preciso descobrir.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Inverno
Um campo de folhas secas, de prédios ao redor, de ventos a soprar. A movimentação permanece intensa, os destinos são divergentes. A concentração me escapa o controle. A cabeça vai longe, muito além das paredes de tijolos vermelhos. Vai para onde repousa nos braços sinceros que outrora ali estiveram. A anestesia é completa. A nostalgia me rouba os sentidos, a atenção, o bom senso. Os carros passam; pessoas passam; e, infelizmente, até os braços passam. O que não passa é o desejo de que aquele momento, junto a eles, fosse eterno. A sensação de desprendimento do agora... tudo agora é saudade. E nessa tarde de inverno, de fronte para o campo de folhas secas, imensidão...
Lágrima solitária
Eu poderia escrever aqui um texto grande, complexo e confuso para no fim das contas apenas dizer o que me veio a mente em um momento insano e ansioso pela expressão de um sentimento, ora intenso e duradouro, ora curto porém incrivelmente significativo. Contudo, escapo desta vez ao costume de me desenhar por letras aos olhos de quem quiser, ou simplesmente passava para ter que fugir a alguma obrigação. Por hora, fica aqui para quem quiser uma bela música. Bom proveito.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Minuto em minuto
Envelhecer. A bela trágica coisa pela qual todos nós passamos. Neste belo dia 21, completo eu mais um ano de vida e é engraçado perceber o quanto, independente do número de vezes que se passa por isso, nada muda.
A ideia de ser mais velho hoje do que ontem raras vezes surge fora destas datas específicas apesar de não ser exclusividade deste momento singelo.
E não importa o quanto o tempo passe, certas coisas jamais mudarão. Aquelas mesmas pessoas te ligando para te parabenizar, utilizando-se dos mesmos termos naquela mesma ordem, seguidos pelo mesmo abraço. Mas eu estou perdendo o foco...
Vim aqui na verdade na esperança de que alguém entenda esta minha opinião à respeito. O aniversário se apresenta popularmente como algo a ser festejado, exaltado e memorado por logos meses de sua vida, para então se vivenciar a expectativa pelo próximo. Tive hoje a real sensação de que... não é nada demais.
Posso estar eu comemorando mais um dia de vida, mas o mundo tem que girar, o tempo precisa passar e todos precisamos viver. Independente de quaisquer circunstancias, tudo continua o mesmo, menos a minha resposta para quando me perguntarem: "Quantos anos você tem?". Pergunto-lhes então neste momento que mescla agonia e alivio: é suficiente para tudo aquilo? O fato de eu mudar a minha resposta deveria mover tamanha comoção em torno de mim por mim?
Em suma, só quero deixar bem clara o meu achar da supervalorização do meu aniversário. Só do meu, porque o dos outros ainda são sublimes.
É isso. Para os que concordem, aquele abraço maneiro. Para aqueles cuja opinião diverge da minha, relaxa, afinal, eu também gosto dos aniversários alheio...
A ideia de ser mais velho hoje do que ontem raras vezes surge fora destas datas específicas apesar de não ser exclusividade deste momento singelo.
E não importa o quanto o tempo passe, certas coisas jamais mudarão. Aquelas mesmas pessoas te ligando para te parabenizar, utilizando-se dos mesmos termos naquela mesma ordem, seguidos pelo mesmo abraço. Mas eu estou perdendo o foco...
Vim aqui na verdade na esperança de que alguém entenda esta minha opinião à respeito. O aniversário se apresenta popularmente como algo a ser festejado, exaltado e memorado por logos meses de sua vida, para então se vivenciar a expectativa pelo próximo. Tive hoje a real sensação de que... não é nada demais.
Posso estar eu comemorando mais um dia de vida, mas o mundo tem que girar, o tempo precisa passar e todos precisamos viver. Independente de quaisquer circunstancias, tudo continua o mesmo, menos a minha resposta para quando me perguntarem: "Quantos anos você tem?". Pergunto-lhes então neste momento que mescla agonia e alivio: é suficiente para tudo aquilo? O fato de eu mudar a minha resposta deveria mover tamanha comoção em torno de mim por mim?
Em suma, só quero deixar bem clara o meu achar da supervalorização do meu aniversário. Só do meu, porque o dos outros ainda são sublimes.
É isso. Para os que concordem, aquele abraço maneiro. Para aqueles cuja opinião diverge da minha, relaxa, afinal, eu também gosto dos aniversários alheio...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Dois olhos negros
Encarar a verdade nunca me soou tão belo.
Olhar voltado para o belo olhar negro em mim focado, envolto em aromas e fios de cabelo a me prender.
Não quero escapar.
Na imensidão do momento, de cada segundo ali passado faz com que tudo se torne...pequeno.
A atenção não fraqueja. A vontade não diminui.
Dois tambores a soar naquele momento deixam tudo muito claro: é verbo.
A conclusão, tão óbvia, não se deixa ser menos bonita. Neste momento, tudo parece se tornar "vermelho".
Pois bem, preciso admitir: Marcelo Camelo mais uma vez tem razão.
Olhar voltado para o belo olhar negro em mim focado, envolto em aromas e fios de cabelo a me prender.
Não quero escapar.
Na imensidão do momento, de cada segundo ali passado faz com que tudo se torne...pequeno.
A atenção não fraqueja. A vontade não diminui.
Dois tambores a soar naquele momento deixam tudo muito claro: é verbo.
A conclusão, tão óbvia, não se deixa ser menos bonita. Neste momento, tudo parece se tornar "vermelho".
Pois bem, preciso admitir: Marcelo Camelo mais uma vez tem razão.
Árvore morta
Neste tempo de seca criativa e imenso peso na consciência pelo completo abandono do meu blog, é que resolvi simplificar tudo e resumir em uma parafrase:
"É morena, tá tudo bem..."
"É morena, tá tudo bem..."
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Despedida
Degraus de aço. Feições perdidas. Uma barra de ferro fria nas costas. Perdido no momento, de olhar fixo na parede de vidro, e mente fixa no outrora. O que se passa diante dos olhos não faz sentido algum porque, embora os olhos o compreendam, a mente se recusa em esquecer o castanho brilho que devassa o os arredores. O cheiro de fumaça atordoando os pulmões tentam, em um grito angustiado, me trazer de volta para o agora. Por vezes, volto minha atenção para coisas terceiras. Entretanto, em um lapso de tempo, tudo retorna ao que era antes. Novamente a fumaça ataca meus sentidos, desta vez, para tentar me fazer esquecer do suave cheiro do shampoo. Fracasso. Impregnado na memória como uma fotografia, ela se estende por todos os sentidos em uma amálgama sinestésica. Mais degraus de aço. Em uma amostra de pura perseverança, a fumaça investe contra mim uma terceira vez. Infeliz seja, pois fora derrotada mais uma vez. Em um sinal de reconhecimento, se afasta e me abandona ao tempo. Em uma mistura felicidade e angustia, solto um sorriso amarelo ainda pensando no castanho, no shampoo. Percebo que tudo o que me resta é acreditar no cotidiano...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Meu bom, meu velho, Dostoiévski
Em mais um desbravamento do universo literário vivido pela minha pessoa, esbarrei com uma figurinha, no mínimo, interessante. Dostoiévski, nos primórdios de sua obra-prima, "Os Irmãos Karamázov", faz uma análise sobre algumas das principais personagens da obra, e em dado momento, demonstra um afeto pelo "herói-não-herói" que se dá por não conseguir transmitir completamente ao leitor suas origens, dando a entender que o leitor não compreenderá o motivo de tamanha afeto. Logo passei a admirar de forma ímpar a importância da subjetividade neste nosso mundo.
A beleza de se enxegar algo ou alguém de forma única vai muito além de uma limitação do ser humano, enquanto dono de apenas uma opinião (a própria). Atinge a necessidade do mesmo de ser visto de muitos ângulos não para apegar-se a um, mas para imaginar-se de muitos. O valor do sentimento quando o mesmo se apresenta com roupagem popular nada mais é do que costumeira, mas ao aparentar uma singularidade, desperta-se o entusiasmo junto à uma inesperada explosão de expectativa por mais do mesmo. O enxergar o todo, independente de qual todo seja este, é a arte de desprender-se do absolutismo ao qual somos condicionados desde os primeiros suspiros de nossos pensamentos. Facínoras estes que nos prendem aos seus ideais. O apaixonar, o admirar, o criticar... obras mestras da individualidade, e como tal, devem ser vistas com bons olhos. Acho que, no fim, não nos cabe entender ou criticar essa individualidade, apenas respeitar para que se preserve sua prática. Afinal, o que seria dos apaixonados sem o subjetivismo?...
A beleza de se enxegar algo ou alguém de forma única vai muito além de uma limitação do ser humano, enquanto dono de apenas uma opinião (a própria). Atinge a necessidade do mesmo de ser visto de muitos ângulos não para apegar-se a um, mas para imaginar-se de muitos. O valor do sentimento quando o mesmo se apresenta com roupagem popular nada mais é do que costumeira, mas ao aparentar uma singularidade, desperta-se o entusiasmo junto à uma inesperada explosão de expectativa por mais do mesmo. O enxergar o todo, independente de qual todo seja este, é a arte de desprender-se do absolutismo ao qual somos condicionados desde os primeiros suspiros de nossos pensamentos. Facínoras estes que nos prendem aos seus ideais. O apaixonar, o admirar, o criticar... obras mestras da individualidade, e como tal, devem ser vistas com bons olhos. Acho que, no fim, não nos cabe entender ou criticar essa individualidade, apenas respeitar para que se preserve sua prática. Afinal, o que seria dos apaixonados sem o subjetivismo?...
terça-feira, 17 de maio de 2011
Ponto final
...!
Até que enfim, a desventura da incerteza deu-se por exausta e mostrou-se apenas cortina de meu cotidiano, porque escondia uma bela verdade.
É interessante o quão contrastante se torna o tempo perante o pré o pós. Aquilo que se fazia infinito perante os olhos hoje, hei de admirar, sugere que a eternidade é de se insignificar quando comparada ao sublime momento.
No emaranhado de beleza e descaso com o resto, perde-se a noção de dia, hora e segundo. Isso não por desfazer-se a noção dos mesmos, mas por parecer desnecessária a análise.
Para aqueles que compreendem, um belo abraço neste momento de camaradagem. Para os que desconhecem, apresento-lhes a pulcritude de perder-se no segundo. E aqui fica o manifesto de um bobo...
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Banco de cimento
Repensando os ultimos dias em um momento sublime no ponto de ônibus em frente a faculdade, me deparei com algo interessante. Com a chegada das provas e da minha companheira de boina (a paranóia), tenho me ocupado mais com os estudos que com qualquer outra coisa. Contudo, admito que parte de toda esta paranóia com os estudos é resultado direto de pitadas mascaradas de orgulho. Isso me afetou de tal forma que coisas relevantes tanto do meu dia-a-dia quanto de meu círculo social passam despercebidas perante meus olhos como se não tivessem significado algum. Portanto, revendo o hoje, tamanha sua magnitude e loucura, resolvi simplesmente voltar meu olhar para o esquecido, pensando: "Para que tamanho sacerdócio? Porque um vetor nulo é paralelo a qualquer outro vetor?!"
A vida fenece de tal forma que tudo se mostra indiferente, sem se reparar na beleza de um singelo "ah, seu bobo..."
Concluindo, deixo-lhes um poema de um autor cujo nome desconheço (que fazer, né?). Mas aqui, o que vale, meu camarada, é a mensagem. E vos pergunto: "Vale à pena?"
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Conversa de frente pro espelho
Engraçado (e um tanto quanto trágico) admitir que, perante uma retrospectiva dos meus últimos dias e também de minhas últimas postagens, entrego a minha consciência uma charada chamada "eu". O paradoxo belo que me mostro em muitos momentos chega a me causar divertimento em certos momentos.
O mostrar me preocupado comigo mesmo, querer sempre o meu sucesso, mostra que não importa o que aconteça, sou o meu melhor amigo. Contudo, impedir-me de fazer o que anseio, o medo que coloco em mim mesmo é a prova definitiva que sou também meu maior adversário.
Tal qual um passarinho tentando atravessar a rua, até que ponto serei meu amigo para me encorajar a correr para o outro lado? Até que ponto serei meu adversário para fazer esperar mais e mais?
O mais bonito disso tudo é que nessas horas que "Under cover of darkness", do Strokes, mais faz sentido.
Para quem se dispor a me entender, faça bom proveito.
O mostrar me preocupado comigo mesmo, querer sempre o meu sucesso, mostra que não importa o que aconteça, sou o meu melhor amigo. Contudo, impedir-me de fazer o que anseio, o medo que coloco em mim mesmo é a prova definitiva que sou também meu maior adversário.
Tal qual um passarinho tentando atravessar a rua, até que ponto serei meu amigo para me encorajar a correr para o outro lado? Até que ponto serei meu adversário para fazer esperar mais e mais?
O mais bonito disso tudo é que nessas horas que "Under cover of darkness", do Strokes, mais faz sentido.
Para quem se dispor a me entender, faça bom proveito.
Permissividade
Eterno tópico de minhas reflexões diárias, a questão da permissividade me atingiu como um dardo no meio da testa ontem, enquanto me dirigia para casa depois de mais um dia nessa vida de universitário. O meu exato ponto é: "até onde posso me permitir determinadas coisas?"
Por vezes parece que o receio e o medo suplantam na maioria das vezes a vontade de esquecer o mundo. Porém, isto sempre me motiva a pensar: "Será que é isso mesmo? Se é, então por que o receio parece se agigantar perante mim?" Sempre me parece mais conveniente pensar que talvez minha timidez de inúmeras situações acaba por ser causa disto tudo. Mas será mesmo?
Em meio a tantas expressões perdidas e gás carbônico, sei que até o dia em que eu parar de culpar o acaso pelo que eu deixo, só o que me resta é fazer textos introspectivos, piadas fora de hora e brincadeiras com as unhas...
Por vezes parece que o receio e o medo suplantam na maioria das vezes a vontade de esquecer o mundo. Porém, isto sempre me motiva a pensar: "Será que é isso mesmo? Se é, então por que o receio parece se agigantar perante mim?" Sempre me parece mais conveniente pensar que talvez minha timidez de inúmeras situações acaba por ser causa disto tudo. Mas será mesmo?
Em meio a tantas expressões perdidas e gás carbônico, sei que até o dia em que eu parar de culpar o acaso pelo que eu deixo, só o que me resta é fazer textos introspectivos, piadas fora de hora e brincadeiras com as unhas...
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Dia confuso
Neste, por mim nomeado, dia confuso, no qual parece que o lógico se torna incerto e ideias se confrontam, não me restou nada mais que descobrir algo que sempre soube...
Eu vos apresento Explosions in the Sky.
Enjoy it!
Eu vos apresento Explosions in the Sky.
Enjoy it!
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Imbróglio
Na noite passada, sai com alguns amigos e desconhecidos para uma aventura em terras ainda não desbravadas por mim. Resumindo: fui para um bar diferente. Em algum momento daquela noite, eu me deparei pensando em uma pergunta, imagino eu, inerente a qualquer ser humano que se preocupe mais com o mundo que o cerca que com seu topete bolado e seu óculos escuro. Eu me acerquei de pensamentos, e pensei comigo mesmo: "O que realmente é importante na vida?"
Indubtavelmente, algumas respostas, como que de forma mecanizada, nos surgem na mente como que sugerindo que, para essa pergunta, você sempre soube a resposta. Coisas como amizade, família, estudo, amor e afins sempre nos são sugeridos como sendo fundamentais na vida de qualquer que viva feliz. Contudo, me passa a impressão de que isso sempre parece prepóstero. Como tal coisa pode ser consenso, a partir do momento que a felicidade é relativa? Não me parece justo ou certo deixar nas mãos da "sabedoria popular" algo tão subjetivo como a felicidade.
Acho que, como diria Amarante, "ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?"
Esse texto não traz conclusão alguma, nem minha, e espero, nem do leitor.
Mas fica aqui o apelo para a reflexão sobre.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
E agora?
.........................................................?
.....................!
............?....................?
..................................................!
.................?.........................?.....................?
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..........................................!
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Até quando vai durar isso?...
.....................!
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..........................................!
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Até quando vai durar isso?...
domingo, 17 de abril de 2011
Problemática da definição
"O limite de f(x) para x tendendo para a é L se, e somente se, para todo ε maior que zero existe um δ maior que zero tal que x pertence aos reais e o módulo da diferença entre x e a encontra-se no intervalo entre 0 e δ, então o módulo da diferença entre f(x) e L é estrimamente menor que ε". Fez algum sentido? Pois bem...
Nesta bela semana que se passou, adentrei a matéria de Limite e Continuidade pelo meu curso de graduação em Matemática. Ao me deparar com o "monstro" acima, logo veio o típico desespero bonito que nos move momentaneamente ao desespero. Recuperando a calma quase que instantaneamente, me deparo com uma bela quinta-feira na qual comecei a me empenhar nos estudos de limite, e na qual cheguei a uma bela conclusão: que tudo era muito menos do que se mostrava em primeira instância!
Logo menos, entretanto, me peguei refletindo a respeito da minha necessidade, por mais que hedionda, de definições. O encucamento perante o incerto, "indefinido", o não externado, se mostrou recentemente o meu vício mais repugnável!
A dificuldade em aceitar o que parece certo, o que parece comprovado, a partir do momento que não se mostra explícito, deixa o agridoce cheiro da dúvida. E para que? Somente para que eu possa me deparar em momentos nada menos que paranóicos, me perguntando à respeito daquilo que todos já se deram conta, e não por falta de bom senso, mas por excesso de imaginação.
Inicio loucamente a busca pela minha "tranqueragem", esquecer de vez esta minha "mornice", porém minha lucidez se mostra tamanha a ponto de ofuscar de tal forma, que quando consigo abrir os olhos em um segundo momento, a escuridão se apodera do cenário novamente.
Contudo, de que me vale a reclamação, o escárnio, se acabo por cair novamente no excesso de imaginação?
Logo, chego aqui não em uma bela conclusão positivista, mas em um manisfesto cego por minha inspiração. De não me deixar ser ofuscado pela incerteza daquilo que se infere; de não me curvar perante minha neura.
Sei que talvez não sirva de nada toda esta tempestade armada por mim em mim. Mas não me custa tentar, não?
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Inestável
Durante minha manhã do dia de hoje, antes de mais um dia de aventuranças intelectuais, me peguei realizando uma bela retrospectiva de como foi minha vida nestes últimos 19 meses que se passaram, e me deparei com um padrão muito interessante. Me dei conta de que minha vida deixou de apresentar uma continuidade social neste tempo. Uma variação de grupos sociais mesclado com uma gama de situações novas e novas perspectivas. Faz parecer que neste atual estágio que me encontro, a surpresa não fosse mais que uma simples companheira de rotina e a nostalgia de tempos em tempos do que fui logo menos, nada mais que uma constante. Encontro-me, muitas vezes, como que em um paradoxo do familiar desconhecido. Não possuo mais o suporte daquilo que me conforta o conhecimento, mas a desventura da descoberta, que não deixa a desejar, apenas não perde por esperar...
quinta-feira, 31 de março de 2011
Brave new world...
Ano de 2011. Inacreditável o estado de desconforto que pode te trazer a vinda de um novo ano, principalmente quando mudanças enormes vem lhe acordar pela manhã. Ingressei o ensino superior neste ano, pela unesp de minha cidade natal. Inconcebível colocar em poucas palavras tudo aquilo que me passou pela cabeça entre os segundos que sucederam o pós vestibular e a manhã do dia 3 de fevereiro, dia em que foram divulgados os resultados deste maldito método de seleção. Medo, ansiedade, angústia, tudo quase sempre muito bem disfarçado quando alguém vinha lhe perguntar sobre sua performance no vestibular. O interesse dos próximos pelo seu futuro deixa de ser algo atencioso para se tornar a injuria de cada dia. Contudo, nada mais amedrontador do que a clássica incerteza à respeito da escolha certa (fato que incomoda muitos, inclusive uma amiga de sala).
A tortura a que se coloca o ser, questionando que direção tomar. Afinal, não somos simples vetores (piada de matemáticos), optando entre ir para lá ou para cá, quando cá e lá fornecem muito mais do que imagina o pobre vestibulando.
De qualquer forma, este estágio do ingressante já foi por mim superado. Contudo, confesso-lhes outra questão.
De qualquer forma, este estágio do ingressante já foi por mim superado. Contudo, confesso-lhes outra questão.
Tenho permanecido praticamente o dia inteiro na universidade, para estudar e conseguir não me ferrar completamente. Resultante disto, surge-me uma questão: "Será que aguentarei isso por muito tempo?", "Vale à pena tamanho esforço?".
Não possuo respostas conclusivas, sugestivas ou qualquer outra categoria existente no momento. Tudo o que posso deixar claro é a minha esperança de que isso, como diria o grande Rodrigo Amarante, "o vento leva"...
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